Ontem já acordei ansiosa, na expectativa do que me
esperava na sala de cinema às sete da noite. E é com muita empolgação que posso
dizer que cada minuto esperado até que as luzes fossem apagadas e o silêncio
instaurado, valeu a pena. Cidades de
Papel, a mais recente adaptação da obra de John Green, estrelado por Nat
Wolff e Cara Delevingne, é incrível.
Como em qualquer adaptação ocorrem mudanças, pode-se
dizer que as de Cidades de Papel
foram surpreendentes. O John estava certo: o
filme é melhor do que o livro, disse ele em entrevista no Brasil. Dentre as
mudanças mais significativas, há a maior participação de Ângela, a namorada de
Radar, da qual senti falta no livro; e o romance entre eles teve maior destaque.
Além disso, o final da história teve alguns acontecimentos acrescentados que me
agradaram muito. Não esteve mais tão focado em Margo, mas sim na ideia de
amizade que o autor queria passar desde o início.
Houve apenas uma cena que eu preferia que tivesse
sido como no livro. Quando Q e companhia estão na estrada e quase atropelam uma
vaca (isso não é spoiler para ninguém, pois está no trailer), senti falta da
reação de desespero do Quentin e do seu agradecimento emocionado ao Ben.
Pareceu até que Q se lembrou de Margo dizendo que ele era mais fofo quando
estava seguro de si. Já o agradecimento acabou sendo de Lacey e, para mim, soou
um tanto forçado e desconexo de tão indiscreto.
No jornal Estadão, a manchete: ‘Cidades de Papel’ é melhor que ‘A
Culpa é das Estrelas’. Acho difícil comparar. O estilo de história, a
situação dos personagens e as mensagens são muito diferentes. A Culpa é das Estrelas é puro drama e
romance, enquanto Cidades de Papel é uma
mistura de mistério, comédia e quase nada de romance. Mas, pessoalmente, também
me apeguei mais a esse último, acredito que pela leveza dos personagens e de
como é possível se identificar com eles mais facilmente.
Antes de finalizar, não posso deixar de comentar a
surpresinha de elenco no meio do filme. Para os que ainda não assistiram,
fiquem na curiosidade, pois não quero tirar a emoção de ninguém. Mas, bem, a
partir de agora sempre vou esperar por algo inusitado nos filmes do John Green.
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