segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Bienal do Livro de Minas – Uma história real

Foto de Alyne Rocha

Embalados pelo som de Maroon 5, Ed Sheeran, Hot Chelle Rae, Zimbra e mais mil artistas extraordinários e nostálgicos, partimos sexta-feira, 21/11, de Juiz de Fora às 5 da manhã com destino a BH. A agitação e a ânsia eram consideráveis, mas o sol nascia bem preguiçoso por trás das janelas do micro-ônibus.  Confesso que houve horas em que eu esperava mais, mas foi um dia memorável.


Fotos de Alyne Rocha e Mariana Aquino

O deslumbre

Não estava muito cheia a Bienal, vale comentar. Não só era apenas a quarta edição, o que ainda resultava em pouco nome e preparação, como também era umas 10 AM quando chegamos ao Expominas, local do evento.
Nunca vi tanto livro junto na minha vida. E com junto quero dizer no sentido literal também. Logo de cara senti um pouco de desorganização, pelos livros postos de forma nada oportuna de modo que a vista embaralhava com os muitos nomes das lombadas e eu logo desistia de procurar pelo livro. Achei este um ponto um tanto negativo. Não fui a única que pensei assim. Mas, em compensação, também nunca pensei que fosse encontrar tantos livros de uma só escritora.
Agatha Christie. Esta autora inglesa, especialista em romances policiais, me foi recomendada pelo meu pai recentemente e desde então comecei a caçar algum livro dela por um bom preço. Encontrei tantos que nem soube o que escolher. Optei por A aventura do Pudim de Natal, já que meus amigos acabaram comprando quase todos os outros livros restantes. O título não é nada chamativo, eu concordo, mas de acordo com a vendedora – e eu espero que ela não tenha mentido – este era um dos que mais vendia, já que não se pode escolher o melhor. Todos são ótimos – foi o que ela me disse e me dei por convencida.
Aliás, foi mais por convencimento que comprei os que eu comprei. Trouxe para casa, também, As aventuras de Sherlock Holmes de Arthur Conan Doyel, De volta aos quinze da superadmirada Bruna Vieira, e A Máquina de Contar Histórias, que o próprio Maurício Gomyde me convenceu, com sua boa lábia de autor, a comprar.

Fotos de Alyne Rocha e Mariana Aquino
As desaprovações
Digo que comprei esses livros mais por convencimento por dois motivos. Um que eu sou exigente demais e não sei escolher livros não muito conhecidos, logo precisei de alguém pra me ajudar. Dois que os preços dos outros livros que eu pretendia comprar me mataram, então optei pelos que me pareceram valer mais a pena. Eu sinceramente esperava por algum desconto motivador que fizesse com que os leitores mais mãos-de-vaca como eu, saísse de lá feito um Corcunda de Notre Dame de tantos livros. Mas eu só saí de lá com quatro, guardei o que me sobrou para o Black Friday que ocorrerá nesta sexta, 28/11.
Então no começo da tarde já nem tínhamos o que fazer e já estávamos cansados de dar tantas voltas pelos mesmos lugares, porque não tinha muito o que ver ou fazer. Só encontrei com poucos autores e, ainda assim, não eram tão conhecidos. Paula Pimenta, a atração do dia, só ia chegar às 18h. Então a gente deita num canto ali, tira foto, levanta pra deitar em outro canto, assiste o mascote do Correios dançar, rolar e dar cambalhota; levanta pra deitar em outro lugar; vê um cara com cabeça de cavalo, porque isso é muito normal; e só.
No fim da tarde fomos embora, satisfeitos, felizes, cansados como uma turma de zumbis engolidores de livros… Do lado de dentro do Expominas, o ar-condicionado foi um santo. O lado de fora era um ambiente de recepção para o submundo e não há nada melhor que descreva aquele momento. Mas eu tenho uma grande dica: Se for para a Bienal, não leve chocolate!!! A menos que queira beber sopa e… Arrrrg.

Fotos de Alyne Rocha e Fabiane Almeida

Os imprevistos
Quase duas horas. Este foi o tempo que ficamos parados na estrada por conta de uma carreta que tombou na pista. Eu queria dormir, mas quem disse que alguém conseguiu com a preocupação, que sempre surge numa hora dessas, de não poder voltar pra casa? Quem nunca rezou quinhentos Pai Nosso, mesmo que sem acreditar muito, que atire a primeira barra de chocolate derretida.
Deixo aqui então um exemplo da minha insatisfação com o trânsito brasileiro que todos nós conhecemos e que pretendo tratar com privilégio em um próximo post. Porque uma carreta tombada é uma coisa, mas esse tipo de coisa e demais acidentes acontecem todos os dias no nosso Brasil.

Fotos de Alyne Rocha e Fabiane Almeida

E foi esta a minha primeira Bienal do Livro. Já poderia riscar um item da lista de sonhos realizados, se eu tivesse uma. Cheguei em casa bem satisfeita com os livros diferentes que comprei e estou muito ansiosa para chegar as férias e eu poder lê-los livre e tranquilamente…
E agora você, leitor!
Se gostou do post e já viveu uma experiência de Bienal, seja na de BH ou em outra, comente aí embaixo como foi, o que comprou, que sonho realizou, enfim… Adorarei ler.
Até o próximo post.

Nenhum comentário:

Postar um comentário