Foto de Alyne Rocha |
Fotos de Alyne Rocha e Mariana Aquino |
O deslumbre
Não estava muito cheia a Bienal, vale comentar. Não
só era apenas a quarta edição, o que ainda resultava em pouco nome e
preparação, como também era umas 10 AM quando chegamos ao Expominas, local do
evento.
Nunca vi
tanto livro junto na minha vida. E com junto quero dizer no sentido literal
também. Logo de cara senti um pouco de desorganização, pelos livros postos de
forma nada oportuna de modo que a vista embaralhava com os muitos nomes das
lombadas e eu logo desistia de procurar pelo livro. Achei este um ponto um
tanto negativo. Não fui a única que pensei assim. Mas, em compensação, também
nunca pensei que fosse encontrar tantos livros de uma só escritora.
Agatha Christie. Esta autora inglesa, especialista
em romances policiais, me foi recomendada pelo meu pai recentemente e desde
então comecei a caçar algum livro dela por um bom preço. Encontrei tantos que
nem soube o que escolher. Optei por A
aventura do Pudim de Natal, já que meus amigos acabaram comprando quase
todos os outros livros restantes. O título não é nada chamativo, eu concordo,
mas de acordo com a vendedora – e eu espero que ela não tenha mentido – este
era um dos que mais vendia, já que não se pode escolher o melhor. Todos são ótimos – foi o que ela me
disse e me dei por convencida.
Aliás, foi mais por convencimento que comprei os
que eu comprei. Trouxe para casa, também, As
aventuras de Sherlock Holmes de Arthur Conan Doyel, De volta aos quinze da superadmirada Bruna Vieira, e A Máquina de Contar Histórias, que o
próprio Maurício Gomyde me convenceu, com sua boa lábia de autor, a comprar.
Fotos de Alyne Rocha e Mariana Aquino |
As desaprovações
Digo que comprei esses livros mais por
convencimento por dois motivos. Um que eu sou exigente demais e não sei
escolher livros não muito conhecidos, logo precisei de alguém pra me ajudar.
Dois que os preços dos outros livros que eu pretendia comprar me mataram, então
optei pelos que me pareceram valer mais a pena. Eu sinceramente esperava por
algum desconto motivador que fizesse com que os leitores mais mãos-de-vaca como
eu, saísse de lá feito um Corcunda de Notre Dame de tantos livros. Mas eu só
saí de lá com quatro, guardei o que me sobrou para o Black Friday que ocorrerá nesta sexta, 28/11.
Então no começo da tarde já nem tínhamos o que
fazer e já estávamos cansados de dar tantas voltas pelos mesmos lugares, porque
não tinha muito o que ver ou fazer. Só encontrei com poucos autores e, ainda
assim, não eram tão conhecidos. Paula Pimenta, a atração do dia, só ia chegar
às 18h. Então a gente deita num canto ali, tira foto, levanta pra deitar em
outro canto, assiste o mascote do Correios dançar, rolar e dar cambalhota;
levanta pra deitar em outro lugar; vê um cara com cabeça de cavalo, porque isso
é muito normal; e só.
No fim da tarde fomos embora, satisfeitos, felizes,
cansados como uma turma de zumbis engolidores de livros… Do lado de dentro do
Expominas, o ar-condicionado foi um santo. O lado de fora era um ambiente de
recepção para o submundo e não há nada melhor que descreva aquele momento. Mas
eu tenho uma grande dica: Se for para a Bienal, não leve chocolate!!! A menos
que queira beber sopa e… Arrrrg.
Fotos de Alyne Rocha e Fabiane Almeida |
Os imprevistos
Quase duas
horas. Este foi o tempo que ficamos parados na estrada por conta de uma
carreta que tombou na pista. Eu queria dormir, mas quem disse que alguém
conseguiu com a preocupação, que sempre surge numa hora dessas, de não poder
voltar pra casa? Quem nunca rezou quinhentos Pai Nosso, mesmo que sem acreditar muito, que atire a primeira barra
de chocolate derretida.
Deixo aqui então um exemplo da minha insatisfação
com o trânsito brasileiro que todos nós conhecemos e que pretendo tratar com
privilégio em um próximo post. Porque uma carreta tombada é uma coisa, mas esse
tipo de coisa e demais acidentes acontecem todos os dias no nosso Brasil.
Fotos de Alyne Rocha e Fabiane Almeida |
E foi esta a minha primeira Bienal do Livro. Já
poderia riscar um item da lista de sonhos realizados, se eu tivesse uma. Cheguei
em casa bem satisfeita com os livros diferentes que comprei e estou muito
ansiosa para chegar as férias e eu poder lê-los livre e tranquilamente…
E agora você, leitor!
Se gostou do post e já viveu uma experiência de
Bienal, seja na de BH ou em outra, comente
aí embaixo como foi, o que comprou, que sonho realizou, enfim… Adorarei ler.
Até o próximo post.
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